terça-feira, dezembro 18, 2018
Brincando com a Insanidade
Maíra Mendes
18/12/2018
O artista deve flertar com a Insanidade
pra criar
procriar
O artista beija e chupa o grelo da insanidade
Faz amor com Ela
Procriando,
o Artista casa com a Insanidade
Pra criar algo Ainda Mais
(pra fazê-la gozar)
PRA TUDO FICAR SUBLIME
OU GROTESCO
GOZADO
Afetar
E na beirada da Loucura
O artista ainda deseja ser estuprado pela (IN)sanidade
Faz carinho e afaga a Insanidade
Para poder ficar mais perto de Deus
"Porra, mas meu Deus
Carinhoso Amantíssimo
Você é aquele que me devolve à Sanidade"
Mas o Deus do Artista é aquele Anjo Torto
Que tortura, e que faz o artista ter que casar com a Insanidade
pra fazer Arte
Tem quem não troque a sua Dignidade
Por Liberdade
O Artista abre mão de ser são, de mente
Pra Sandice, Demente
Sem mentir
Ou mentindo sentir aquele Amor, Torpor e Ardor
Os quais deveras sente
Depois de violar a Insanidade
Dançar com ela
Curti-la
Se envolver com ela
Assumi-la
Andando de mãos dadas nas ruas,
Apresentando pra parentes
Ostentando aliança no dedo
Clamando respeito pela sua aMAda
destruidora demônia desgraçada fedida
Insanidade descabelada
Às vezes o artista escalpela a Insanidade
Empala ela. Pobre donzela Rainha Malévola
Pro artista ela é bela, necessária, imprescindível e fundamental
Ele precisa Dela pra ser original
Super legal, fatal, visceral
e respeitado pela sociedade artística atual
e pela crítica especializada
Vai ser internado, Tchau
Nietzsche, Van Gogh, Klimt
Neste retrato, Teatro da Crueldade
AR TÔ
sem ar
A gente gorfa, grunhi, grita e faz ruído
"e a plateia ainda aplaude, ainda pede bis
A plateia só deseja ser feliz"
E o artista? o Artista (permanece) nesta relação Abusiva
Escolhida escancarada bradada histericamente
Com orgulho,
Com a NArcisista sádica deliciosa e sexy
Insanidade
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário